São Paulo — Depois de 43 horas de debate e uma sessão de 10 horas de votação, a Câmara dos Deputados selou o destino da presidente Dilma Rousseff no Congresso.
A partir de agora, caberá ao Senado julgar se ela cometeu ou não crimes de responsabilidade ao praticar as chamadas pedaladas fiscais e abrir créditos suplementares sem consultar o Congresso.
Com uma base aliada desfalcada e a credibilidade em xeque, a petista corre o risco de ser afastada do cargo já no próximo mês - caso a maioria simples do Senado aprove o início de seu julgamento na Casa.
Pelo menos no discurso, no entanto, a presidente não dá sinais de que irá jogar a toalha tão cedo.
“Se alguém imagina que ela se curvará com o resultado de hoje (ontem), se engana. Ela não se acovardou”, afirmou o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, a jornalistas na madrugada de hoje. “Ela vai continuar lutando”.
A questão é: depois das sucessivas derrotas dos últimos dias, há chances de Dilma Rousseff reverter uma possível abreviação do seu mandato?
“Dificilmente o governo vai conseguir recuperar esse baque no Senado”, afirma Thiago Vidal, coordenador de análise política da Prospectiva. Segundo projeção do consultor, a oposição já teria 55% dos votos para abertura do julgamento de Dilma.
Se esse cálculo se confirmar, a presidente é afastada do cargo por até 180 dias e o vice Michel Temer assume a chefia do Executivo no período.
É neste ponto que as chances de Dilma podem se deteriorar ainda mais. Como lembra Vidal: se na chefia do governo a presidente não conseguiu reverter o quadro negativo, sem a estrutura de poder, a missão se torna impossível.
No entanto, para Marcelo Issa, diretor-executivo da Pulso Público, o governo ainda não deu sua última cartada.
Nesta segunda, o diretório nacional do PT analisa a proposta de lançar uma campanha pela realização de novas eleições para a presidência – ideia palatável inclusive para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que confabula uma hipótese semelhante com aliados na Casa.
A ideia do PT é apresentar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para convocar novas eleições. O texto só dependeria da aprovação do Senado para sair do papel. “A gente não pode esquecer que a situação do governo Dilma no Senado é mais favorável do que na Câmara”, afirma Issa, da Pulso Público.
Sobram dúvidas se o governo terá condições de salvar o mandato da petista, mas tudo indica que o jogo ainda não acabou.
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