Foi gente grande quem matou Gil Porto, diz acusado



Pela primeira vez falando à imprensa, o ex-agente penitenciário Gregório dos Santos Teles, acusado de matar o empresário feirense Gil Marques Porto, negou ter praticado o crime e disse que não faz parte de nenhum grupo de extermínio em Feira de Santana.

Gregório insinuou que sabe quem foi o autor do assassinato, ocorrido no dia 21 maio, na Rua Edelvira Oliveira, bairro Kalilândia. “Acredito que essa pessoa vai ver o meu sofrimento e virá à delegacia confessar esse crime. É gente grande que está envolvida e que me colocaram como ‘bode espiatório’”, afirmou o acusado, sem dar nomes.

Segundo a Polícia Civil, o assassinato do empresário foi motivado por atritos acerca de um terreno invadido por Gregório. A área foi vendida, legalmente, pela GP imobiliária, de propriedade de Gil Porto. Gregório e o empresário tiveram uma discussão, segundo a polícia, momento em que Gil teria sido ameaçado.

“Não foi uma ameaça, apenas conversamos em voz alta”, declarou ex-agente penitenciário, em entrevista ao repórter Messias Teles, do Programa De Olho na Cidade.

O acusado afirmou que adquiriu um terreno no bairro SIM, o que provocou um atrito com Gil Porto. Mas alegou que a área foi comprada nas mãos de uma pessoa e que não desconfiou que os documentos eram falsos. Gregório disse que suspendeu a construção de um muro depois que descobriu que o terreno, por direito, não era dele.

Gregório afirmou ainda que no momento em que o empresário foi morto estava indo da Praça da Matriz para casa. “Tem imagens de câmeras na praça da matriz. Na minha rua também tem câmeras”.
O ex-agente penitenciário está preso desde a última quarta-feira (30), no Conjunto Penal de Feira de Santana.

A Polícia

O delegado João Rodrigo Uzzum, um dos responsáveis pelas investigações do caso, contestou as informações dadas por Gregório.

“Ele tem o direito de alegar o que quiser na defesa dele. Mas está tentando conduzir as investigações e confundir a opinião pública. A participação dele é inegável. Vamos concluir o inquérito porque as apurações apontam para a prática de outros crimes como formação de quadrilha e grilagem de terra”, disse o delegado.

O ex-agente penitenciário está preso desde a última quarta-feira (30), no Conjunto Penal de Feira de Santana.   De Olho na Cidade

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