Funcionários do SAMU protestam contra demissões no órgão


26/11/2012 
Demissões sem justa causa e contratações sem seleção pública. O clima de insatisfação entre funcionários e ex-trabalhadores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) se transformou em protesto na manhã desta segunda-feira (26) em Feira de Santana. O sindicato da categoria garantiu que as atividades não foram suspensas, devido ao regime de plantão.
O delegado do sindicato dos Enfermeiros do Estado da Bahia Edkerlercio Mendonça Gomes, disse que a mobilização busca sensibilizar a sociedade, o Ministério Público e o legislativo feirense para as atitudes que estão ocorrendo no órgão, principalmente, como reclama o representante, durante o período eleitoral. 
 
“Não estão respeitando o número de funcionários que deveria existir no SAMU de Feira de Santana. Durante sete anos e meio são 9 enfermeiros para única unidade avançada”, disse Gomes. Segundo o sindicalista, hoje, por regime de escala, são 23 profissionais para a mesma unidade.
 
De acordo com o sindicato, o Conselho Federal de Enfermagem recomenda ao Ministério da Saúde que inclua um enfermeiro em cada unidade básica, gradativamente, até 2015. “O que vem acontecendo em Feira não é a antecipação da orientação, mas a admissão de funcionários sem seleção pública e sem avaliação de experiência. Muitos dos que estão lá é primeiro emprego”, reclamou. 
 
O sindicato busca a readmissão dos profissionais demitidos e revisão do edital do atual concurso que o órgão está realizando. “Não é verdade que se o concurso não for realizado o recurso volta para o governo federal. O recurso é destinado para a estruturação e reforma da sede, que ainda nem se iniciou”, afirmou. 
 
Atualmente, segundo o SAMU, em Feira de Santana 6 ambulâncias prestam o serviço de urgência, sendo 1 avançada (USA) e 5 básicas (UBS).  Segundo a coordenadora do órgão, com o processo de regionalização, o município ampliará para 3 ambulâncias avançadas e 9 básicas. 
 
“As ambulâncias já estão em Salvador. O governador deve fazer a cerimônia de entrega entre os dias 1 e 3 de dezembro. Com o tempo a SAMU municipal não vai mais existir. Se não aderíssemos, poderíamos correr o risco de não vir a verba, perder recurso e essa regionalização iria para outra cidade”, explica. 
 
Processo Seletivo - A coordenadora nega a afirmação do presidente do sindicato dos enfermeiros que entrou com um processo no Ministério Público contra uma suposta perseguição política que impede no edital os funcionários demitidos de participarem da seleção. 
 
“Acredito que as pessoas não devem ter lido o edital direito, pois não existe item que proíba algum cidadão de fazer a seleção. Deve estar existindo um equivoco de interpretação”, disse.
 
Em relação às exigências do teste físico, a coordenadora acredita serem necessários todos os critérios solicitados por conta de que no SAMU exige que muitas vezes o trabalhe no sol quente, chuva, áreas de difícil acesso, e necessita de preparo físico para a rotina de atividades.
 
Demissões - Esse ano de 2012 foi marcado por demissões no setor. Maíza orienta os demitidos a procurarem um dialogo com a gestão da saúde e do município que são as instâncias responsáveis pelas decisões. O manifesto terminou a Câmara de Vereadores, onde os participantes buscaram apoio para o movimento.

 
(                                    Por Hamurabi Dias)
                                          Uiliane Macêdo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

NOTICIAS MAIS ACESSADAS DA SEMANA