Deputado baiano afirma que rejeição de relatório foi uma manobra política

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara rejeitou na tarde de ontem (13) o relatório do deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ) que recomendava o prosseguimento da denúncia contra o presidente Michel Temer, apresentada pela Procuradoria Geral da República (PGR).

Em entrevista ao Jornal do Meio Dia (Princesa FM), o deputado baiano Jutay Magalhães (PSDB), que votou a favor da aprovação do relatório, afirmou que os fatos contra o presidente são graves. "Os gatos narrados no encontro do presidente com Joesley são fatos gravíssimos. O encontro secreto e a noite não deveria ter acontecido. E o diálogo entre eles é indefensável. Isso por si só justifica uma investigação. Eu votei baseado numa análise jurídica política e técnica, concordando com o relatório de Sergio Zveiter", disse.

O deputado pontuou ainda que houve uma manobra para a rejeição do relatório. Apesar de ter sido derrotado nos votos, eles ganharam um gol de mão, pois eles mudaram dez deputados da comissão que votaria a favor e colocaram para votar contra. Se não houvesse essas mudanças, seriam 35 votos a favor do relatório e aí seria aprovado", disse.

Jutay ressaltou ainda que, como político, cumpriu com a sua responsabilidade de defender a constituição. "A minha posiçã é de convicção. Tenho que ser coerente com o que penso, independente de interesse político-partidário. Votei a favor do impeachment de Dilma. Ela vinha fazendo governo ruim e a minha responsabilidade era essa, mesmo sabendo que quem assumiria era Temer. Eu defendi a Constiuição. Porém imaginei que ele, por ser professor de direito e por ter noção do que a Constituição define, teria postura diferente. Eu gostaria muito de que o relatório passasse, inclusive para Temer ter a oportunidade de demonstrar sua inocência, mesmo tendo indícios fortes contra ele", finalizou.

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