Antigos ressentimentos afastam aliados do governo. Temor quanto ao futuro do PMDB provoca receio na oposição.
Vinte e quatro anos depois, o Brasil acorda hoje diante do desafio de encarar mais um processo de impeachment de presidente da República. Em 1992, quando o mais recente período democrático brasileiro tinha apenas sete anos, Fernando Collor foi afastado da Presidência após votações na Câmara e no Senado. De lá para cá, o país conseguiu a estabilidade econômica com o Plano Real de Fernando Henrique e promoveu avanços sociais no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Neste domingo, 17 de abril, os deputados terão de decidir pela continuidade ou não do processo de cassação do mandato de Dilma Rousseff.
Em seu segundo mandato, Dilma Rousseff já fora reeleita na disputa mais apertada em segundo turno desde a volta das eleições diretas para presidente, em 1989. Desde que tomou posse, em 1º de janeiro de 2015, enfrentou questionamentos da oposição por conta das investigações da Operação Lava-Jato, que destrincha denúncias de corrupção na Petrobras. Também é cobrada pela base social e pelo PT, que reclamam da pauta de ajuste fiscal que, segundo a militância, tira direito dos trabalhadores.
Ela também é criticada por trabalhadores e empresários pela mais severa recessão econômica das últimas décadas. A previsão do Fundo Monetário Internacional (FMI) é de que o Produto Interno Bruto (PIB) do país encolha quase 4% em 2016, colocando o país entre nações como Equador e Azerbaijão no quesito encolhimento da economia. Mas Dilma está sendo julgada por ter editado decretos orçamentários sem previsão de recursos em caixa e por atrasar repasses de verbas para os bancos públicos — as chamadas pedaladas fiscais.
“A presidente Dilma está passando por esse processo por uma série de razões, disse o prefeito de Olinda, Renildo Calheiros (PCdoB). “Tem pessoas que até acreditam que não existem razões jurídicas para o impeachment, que tirar a presidente agora seria golpe. Mas votam a favor do impeachment pela pressão das bases eleitorais”, disse ele. Renildo, que passou todo o fim de semana na Capital Federal na expectativa de reverter votos desfavoráveis à presidente, lembrou também que existe um rancor em relação ao PT. “Muitos deputados estavam ansiosos para retirar os petistas do poder. Eles estão diante dessa oportunidade e não querem deixá-la escapar”, afirmou.
Correio Braziliense
Assinar:
Postar comentários (Atom)
NOTICIAS MAIS ACESSADAS DA SEMANA
-
A modelo dominicana Step Feliz causou polêmica ao gravar um vídeo em que agarra mais de 100 pênis de estranhos na rua. A pegadinha levanto...
-
O caseiro Manoel Santana dos Santos, de 48 anos, foi encontrado, manhã desta sexta-feira (4), morto dentro de uma lagoa no bairro Mangabei...
-
Foi sepultado na manhã deste sábado (16), no cemitério São Jorge, no bairro Sobradinho, uma das figuras mais ilustres do folclore feire...
-
Quinze motoristas foram flagrados ingerindo bebida alcoólica. Mais 400 testes com etilômetro foram feitos durante as diversas bl...
-
Dados divulgados nesta terça-feira (13) pela Coordenação Estadual de Defesa Civil (CORDEC) informam que, dos 417 municípios baianos, 259 e...
-
Aconteceu nesta quarta-feira (21) por volta das 13:30hs na travessa do Anel de Contorno no Sobradinho próximo a Farmácia Brito. . O jove...
-
Recentemente, cientistas americanos, franceses e de outros países vêm estudando o fundo do mar das áreas que pertencem ao Triângulo das Be...
-
Vítima foi baleada na cabeça, no tórax e na barriga. O jovem Joel Silva Lima, de 21 anos, foi assassinado a tiros neste sábado (16) na zon...
-
Um homem identificado por Léu jogador do esporte “Clube Bahia de Ubaira” foi morto a tiros e outro foi baleado na cidade de Ubaíra por vo...
-
Mas, os tiros não paravam, a vitima correu para um lado, foi cercado, correu para outro cercado também, foram mais de 30 tiros, ai, a vit...
Nenhum comentário:
Postar um comentário