Engenheiros que acompanham BRT esclarecem especulações sobre lençol freático em área da trincheira

Projeto foi elaborado com base em testes de sondagem por ensaio de penetração SPT
Não procedem especulações divulgadas a partir da “análise” de um oposicionista do Governo Municipal, nas redes sociais, sobre possível inviabilidade técnica e econômica da construção da trincheira no cruzamento das avenidas Getúlio Vargas e Maria Quitéria. Quem esclarece é o engenheiro João Vianei Marvel Silva, da Comissão de Acompanhamento do Projeto BRT – a trincheira faz parte da implantação do moderno sistema de ônibus na cidade.

Segundo o militante político descreve, o “perfil longitudinal” feito pela empresa responsável pelo projeto “mostra o nível da água do lençol freático da trincheira da avenida Maria Quitéria a 5,98 metros, 1,2 metros acima do leito da via”. Seria esta a inviabilidade técnica.

O engenheiro da Comissão de Acompanhamento do Projeto BRT, João Vianey Marvel, afirma, no entanto, que essa conclusão está completamente equivocada. Ele assegura que o Projeto Executivo da Trincheira Maria Quitéria foi elaborado com base em testes de sondagem por ensaio de penetração SPT (Standart Penetration Test). Esse formato permite a determinação do perfil geológico e a capacidade de carga das diferentes camadas do subsolo, a coleta de amostras destas camadas, a verificação dos níveis do lençol freático, a determinação da capacidade ou consistência dos solos arenosos ou argilosos e também eventuais linhas de ruptura que possam ocorrer na superfície.

Os testes realizados no local, diz ele, estão de acordo com a NBR 6484, “ensaio mais utilizado na construção civil na maioria dos países”. Estes testes detectaram que o lençol freático na área da trincheira está entre 6 e 6,5 metros de profundidade. Para sanar o problema, explica o engenheiro, foi elaborado um projeto de engenharia composto por uma estrutura de drenagem das águas do lençol freático e das chuvas. Incluídos drenos, poços de visita e rede para coleta, condução e distribuição das águas que garantirão a estabilidade e durabilidade da obra.

João Vianey disse ainda que o projeto prevê um colchão drenante para garantir a integridade e a vida útil da pavimentação das trincheiras, “que extravase em drenos longitudinais profundos interligados à rede de drenagem”. Como a estrutura de tunnel liner ainda está em fase inicial de construção, optou-se por um sistema provisório, para onde as águas coletadas no vão central da trincheira serão direcionadas. De lá, redirecionadas para um poço de visita, que vai funcionar como reservatório e casa de bombas.

O engenheiro José Marcone Souza, que coordena na Secretaria de Planejamento a equipe de coordenação do BRT, acrescenta, sobre o tema, que a água será conduzida à rede principal, garantindo trafegabilidade e segurança. Ele afirma que o sistema de contenção da trincheira, as paredes diafragma, foram dimensionadas para suportar a tensão provocada pelo empuxo do solo e do lençol freático, servindo como contenção das laterais da trincheira.

As informações são da Secom/PMFS

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