Um casal de zeladores aposentados recebeu ordem de despejo da casa onde mora no terreno do Colégio Estadual Ismael Branco, no bairro Mutuá, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio. Maria Luisa Oliveira de Melo, de 70 anos, e Wellington de Melo Filho, de 71 anos, trabalharam e moram há 33 anos na unidade.
Os idosos não têm para onde ir. Maria, que está acamada desde o início de 2013, sofre de Alzheimer e hidrocefalia. O filho Wellington Neto, que mora com os pais, disse que a família também passa necessidades e precisa de fraldas e pomadas para a mãe.
Neto chegou a enviar uma carta pedindo ajuda ao governo do Estado, que solicitou a saída do imóvel. No entanto, ele recebeu a resposta de que o pedido para permanecer nas dependências do colégio não poderia ser atendido por “impedimentos legais”.
Em 24 de novembro, o marido de Maria assinou a ordem de despejo, que ordena a saída da casa após 30 dias, mas o filho notou irregularidades. Segundo ele, o documento era para ter sido entregue em outubro e a data foi escrita à mão.
Wellington Filho disse que está muito triste com a situação que prejudica a mulher.
— Ela trabalhou 30 anos aqui dentro. E, agora, só porque está doente já não serve para mais nada?
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação informou, na manhã desta quarta-feira (9), que, "inicialmente, está suspensa a notificação de desocupação do imóvel. Paralelamente, a Seeduc está buscando soluções para o caso. A Assessoria Técnica de Saúde e Bem-Estar da pasta entrará em contato com a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos para verificar que tipo de auxílio poderá ser dado à família".
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