Fiscais recebem propina para fazer vista grossa para ligeirinhos em Feira

Fiscais mantém um grupo no Whatsapp pelo qual pressionam os clandestinos a pagar
Veículos apreendidos no pátio da secretaria, em foto divulgada na semana passada
O transporte clandestino está sendo praticado em Feira de Santana com a ajuda de quem deveria fiscalizar para impedi-lo. Em troca de dinheiro, os fiscais que trabalham para a empresa de segurança P&K, que faz a fiscalização terceirizada para a prefeitura, fazem vista grossa para os veículos clandestinos.


São os próprios fiscais que dizem isso, em conversas em grupo de Whatsapp, obtidas pela produção do programa Linha Direta, na Rádio Sociedade AM. Por meio de um grupo no aplicativo de celular, eles fazem cobranças, queixas e ameaças contra quem reclama do pagamento.

Nas gravações exibidas no programa, não foram mencionados valores, mas as fontes dos jornalistas informaram que são cobrados em torno de R$ 15,00 por dia ou R$ 50,00 por semana. Um dos envolvidos no esquema é identificado, mas apenas pelo pronome.

As gravações teriam vazado porque os clandestinos estão se sentindo muito pressionados pelo esquema de extorsão. Numa das gravações fica claro o clima de insatisfação, porque o fiscal cobrador de propina se mostra irritado e chama de “rebanho de pilantra mal agradecido” quem está reclamando. E questiona se não seria muito mais caro se as placas fossem anotadas e repassadas à PM, que é quem tem o poder de polícia para fazer as apreensões e até mesmo prisões em blitz. Este homem, não identificado, pergunta quanto vale a omissão dos que recebem ordens “do major e do capitão” pra anotar as placas, mas não cumprem.

A Secretaria de Transportes é comandada pelo major Ebenezer Tuy e tem o capitão Demerval em cargo de chefia, sempre à frente de fiscalizações contra clandestinos.

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