“Eu fui tratado como criminoso”, dispara Marco Prisco sobre prisão

O vereador Marco Prisco (PSDB) falou pela primeira vez após ser preso e levado para o Presídio da Papuda, em Brasília. Em entrevista ao jornal A Tarde, publicada nesta segunda (28), o líder da greve da Polícia Militar da Bahia afirmou “não queria a greve”. Segundo a publicação, as perguntas foram impressas e levadas pelo advogado da Associação de Policiais Militares e Bombeiros e seus Familiares (Aspra), Leonardo Mascarenhas.
O parlamentar afirmou que foi contra as greves de 2012 e 2014 e que quem tomou as principais decisões foi a categoria. “Estou bem fisicamente, mas mentalmente destruído. Não como, sinto fortes dores de estômago e tenho medo de que isso influencie no meu problema de coração, que é genético. Sinto-me deprimido… [...] Estou com medo e tenho muito temor por minha vida”, afirmou ele.
Prisco também falou sobre o momento da prisão e criticou a Justiça. “Muito triste, aterrorizante. Estava na frente de meus filhos e esposa [quando fui preso]. Eu fui tratado como criminoso, coisa que eu não sou. [...] Foi uma surpresa porque não há provas no processo. Ninguém ainda foi ouvido nele. Tudo baseado na Lei de Segurança Nacional, da época da ditadura, que já foi alvo de análise do Supremo, que declarou inconstitucionais diversos requisitos desta”, completa.

Entenda o caso
Por determinação judicial, Prisco foi transferido para o Presídio da Papuda, em Brasília. A prisão dele teve auxílio da Polícia Rodoviária Federal e da Aeronáutica, que cedeu a base área para a decolagem do avião que levou o tucano a Brasília. O vereador e diretor-geral da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares no Estado da Bahia (Aspra) foi preso a pedido do Ministério Público Federal na Bahia (MPF/BA).
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski rejeitou na última quarta-feira (23) pedido de liberdade feito pelo vereador, protocolado em Brasília, na manhã de sábado (18), pelo advogado Vivaldo Amaral no TRF 1 (Tribunal Regional Federal).
Prisco é processado pelo MPF por crime político grave, e qualquer recurso contra sua prisão só poderá ser ajuizado no Supremo Tribunal Federal. A prisão será cumprida inicialmente em presídio federal localizado fora do estado da Bahia. O pedido de prisão preventiva ajuizado pelo MPF foi concedido pela Justiça Federal em 15 de abril.

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