Número de ataques a bancos já é 51% maior em relação a 2011


O Banco do Brasil foi o mais visado, com 95 registros.


 O assalto à agência do Banco do Brasil de Barra do Mendes (a 527 km de Salvador), praticadonesta segunda-feira, 3, por cinco bandidosfoi mais um a incrementar a  robusta estatística de ataques a instituições bancárias do Estado este ano. Segundo o Sindicato dos Bancários da Bahia, o índice deste tipo de crime  é 51% superior ao verificado no ano de 2011.
Divulgação/Imagem ilustrativa
Com o assalto em Barra do Mendes e a explosão de quatro caixas eletrônicostambém do BB, na madrugada de ontem  em Pindobaçu(a 398 km de Salvador), o sindicato  contabiliza 154 casos de ataque bancos na Bahia este ano. Em 2011, ocorreram 110, com 14 tentativas frustradasEste anoforam 80 arrombamentos e explosões, 52 assaltos e 22 tentativas. O Banco do Brasil foi o mais visado, com 95 registros.

ataque - Os cinco ladrões de ontem de manhã provocaram  pânico entre os moradores da pacata Barra do Mendes, na Chapada Diamantina. Como não é raro em ações do tipoeles  chegaram dando tiros a esmoAté o início da noite de ontempoliciais da região ainda não tinham pistas do bando. "Foram 20 minutos de terror", disse Hebert Campos, que teve a  casa e a sua loja atingidas por seis tirossendo que quatro atravessaram a parede do estabelecimento. "Eles deram tiros em todas as direções, com armamento pesadoPor muita sorte ninguém foi atingido", afirmou o morador.

 Conforme o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia,Euclides Fagundes, "a frequência dos ataquesespecialmente no interior, alarma a categoria e  deixa  consequências terríveis para a saúde não  dos bancáriosmas também das suas famíliasque têm sido alvo dos criminosos. Para muitos,  sobretudo  os  sequestrados, as sequelas  ficam o  resto da  vidaEsta situação não pode continuar", enfatizou o líder sindical.

Fagundes cobrou ações mais enérgicas do Estado na prevenção,identificação e penalização dos criminosos. E também das instituições bancárias,  pois "muitas negligenciam a questão da segurança, com agências sem portas giratórias e sem câmeras de segurançaque deveriam ser itens obrigatórios para que uma agência começar a funcionar".

Por sua vez, o coordenador-geral do Grupo Avançado de Repressão a Crimes contra Instituições Financeiras(Garcif), subordinado à Secretaria da Segurança Pública da Bahia, Daniel Pinheirodisse que este ano mais de 60 pessoas foram presas sob acusação de envolvimento com este tipo de crime. " em setembro,desmantelamos quatro quadrilhas", disse.

Lei "benevolente" - Pinheiro acrescentou que este ano foram apreendidas mais de 40 armas e mais de 300 kg de explosivosMas classificou a legislação penal de "muito benevolenteprendemosqualificamos e, mesmo quando o indivíduo é condenado, em pouco tempo volta a praticar os mesmos crimes porque não cumpre toda apenaPor esta razãodentro das estatísticasé muito alto o número de reincidentes".

Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febrabancontestou as afirmações do presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Euclides Fagundesque atribuiu o crescimento dos ataques a instituições financeiras também à falta de segurança nas agências bancáriasDisse que são crescentes os investimentos em tecnologia de informação e que em 2011 atingiram R$ 18 bilhões, 27% mais que em 2009.

Estes investimentosainda segundo a entidade que representa nacionalmente os bancosreduziram em 83% o número de assaltos. No ano 2000, foram 1.903; e,   em 2012,  beiram os 322 no BrasilOutras medidas citadas pela nota são uso de cofres com dispositivo de tempo, redução de dinheiro em espécie nas agências e o estímulo a transações eletrônicas.

                                                                    As informações são do A Tarde.

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