O documento indica que é possível, no material, a ocorrência de inserção, remoção ou alteração da ordem cronológica de trechos gravados.
postado 02-10-2012
A gravação de um depoimento atribuído ao deputado Zé Neto em que ele estaria cobrando de assessores parte do salário, para bancar ações políticas do seu mandato, continua repercutindo na Câmara.
O vereador Angelo Almeida apresentou em plenário o resultado de uma perícia realizada sobre o conteúdo.
?O parecer técnico da perícia material do áudio comprova irregularidades fonéticas, zonas de silêncio e descontinuidade de informantes que permitam inferir datasse de edição do material?, disse ele, lendo o relatório.
O documento indica que é possível, no material, a ocorrência de inserção, remoção ou alteração da ordem cronológica de trechos gravados.
"Não precisa ser advogado para compreender os diversos cortes que houve nesta gravação, comprovando que a mesma não tem legitimidade", afirma.
Em sua avaliação pessoal, Angelo disse que as interrupções na gravação mostram falta de conexão e descontinuidade de informantes que ?permitem inferir tratar-se de edição de material?.
Quanto à referência a sigla GTE, que o deputado faria na fala gravada, Angelo esclareceu: ?Nós do PT temos o Grupo de Trabalho eleitoral. O DEM diz, maldosamente, que seria uma espécie de gratificação paga a assessores na assembleia?.
?Então, imitaram a voz do deputado José Neto na gravação a respeito de cobrança de ?mensalinho? de servidores?, comentou o vereador Lulinha, em tom de ironia.
Ainda como provocação ao petista, o democrata também ironizou o julgamento que acontece no Supremo Tribunal Federal sobre o Mensalão: ?é mentira. O envolvimento do povo que era ligado ao ex-presidente Lula é tudo mentira?.
(Ascom / Câmara)
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