CLIMA DE GUERRA: Mais um ônibus é incendiado por bandidos na Bahia

Um grupo com cerca de dez pessoas ateou fogo a um ônibus na tarde desta quinta-feira (8) na Via Regional, em Salvador, próximo ao Marotinho. Viaturas da Polícia Militar foram enviadas ao local para ajudar a conter a situação. Ninguém ficou ferido. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a 10ª Delegacia (Pau da Lima) vai investigar o caso. Viaturas da Operação Gêmeos e da Rondesp reforçam o policiamento na região. As chamas altas atingiram o barranco que fica ao lado da pista e assustou os moradores que moram no pé do morro. Depois de alguns minutos, os bombeiros conseguiram apagar o fogo.
O morador da região, Bruno Machado, 22 anos, que estava dormindo na hora do crime, acordou com o barulho dos vidros do ônibus explodindo. "Parecia que era tiro. Saí assustado para ver o que estava acontecendo e quando olhei já estava pegando fogo", diz ele. Outro morador, que prefere não se identificar, também conta que o barulho o assustou. "Ouvi na hora que o pneu estourou. Eu só ouvi os gritos e vi o ônibus em chamas. Fez um barulho muito grande". O motorista do ônibus, que fazia a linha Boca da Mata-Lapa, afirmou que os homens subiram no coletivo, mandaram todos descer e logo depois atearam fogo.
Moradores e testemunhas acreditam que o incêndio ao ônibus tem relação com um crime. Próximo à Via Regional, no bairro de São Marcos, dois pedreiros foram mortos nesta madrugada. Alan Tosta Pereira, 26 anos, e um amigo, o também pedreiro identificado como Marcos, foram baleados à queima-roupa e morreram no local. Segundo testemunhas, os tiros foram disparados por policiais militares do Pelotão de Emprego Tático Operacional (Peto) após uma segunda abordagem. Alan será enterrado às 14h de amanhã, no cemitério municipal de Pirajá. Alan e Marcos foram mortos por volta das 2h, no Loteamento Daniel Gomes, também conhecido como Novo Marotinho de Jardim Nova Esperança, às margens da Via Regional.
Horas antes do crime, os dois conversavam com vizinhos e amigos em um bar. “Aqui sempre foi um local tranquilo. A maioria das pessoas nasceu e se criou aqui, por isso que tanta gente ficava no lado de fora, batendo papo”, disse uma moradora. De acordo com testemunhas, pelo menos seis policiais militares chegaram ao local distribuídos em um Volkswagen Voyage prata e duas motos padronizadas. “Foi a polícia. Eles não estavam fardados, mas só deu para identificar pelas motos. No bar, chegaram procurando por drogas, revirando tudo”, contou um morador. Como nada encontraram, os policiais liberaram todos e saíram. Acreditando que foi nada demais, Alan chegou a pedir uma dose de cachaça e, em seguida, foi embora junto com Marcos. Fonte: Correios 24hs.

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