Castigo imposto por traficante na Queimadinha vira exemplo nacional de violência contra a mulher

Mulher tem o cabelo raspado na rua, por namorar inimigo de traficantes da Queimadinha

Uma mulher tendo a cabeça raspada na Queimadinha no meio da rua, por integrantes da facção Catiara do tráfico de drogas, é um dos exemplos de humilhação praticada por traficantes no Brasil, em reportagem que ocupa hoje posição de destaque na “home” do UOL, site de maior audiência no Brasil. A matéria, que traz histórias semelhantes em Salvador e no Rio de Janeiro, passou toda esta sexta-feira (09) entre as mais lidas do portal.

Como agravante, o fato da mulher agredida no bairro da Queimadinha estar grávida. O caso ocorreu em outubro. Ouvida pelo UOL, uma promotora do Ministério Público Estadual classifica o local do crime como área em que o Estado está ausente.

Leia o trecho que cita Feira de Santana na reportagem:

“Na cidade de Feira de Santana (BA), uma mulher grávida teve seus cabelos cortados por tesoura e as sobrancelhas raspadas por gilete por traficantes da Catiara, uma das quatro maiores facções criminosas da Bahia. Seu “crime” foi ter um relacionamento com um traficante de uma facção rival.

Por várias vezes, vê-se no vídeo que a mulher é obrigada a falar os gritos de guerra da facção, enquanto tem cabelos cortados no meio da rua de um bairro periférico da cidade — distante 92 km de Salvador e a mais populosa do interior baiano, com 623 mil habitantes, de acordo com estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O caso aconteceu no bairro de Queimadinha, no começo de outubro.

“Elas ainda ficam ainda mais vulneráveis nesses espaços em que o crime organizado domina, devido à omissão do Estado”, afirma a promotora de Justiça Lívia Santanna Vaz, coordenadora do Gedem-MPBA (Grupo de Atuação Especial em Defesa da Mulher do Ministério Público baiano).

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