Francês sofre fratura na perna, e técnico lamenta: 'É um pesadelo'

Francês sofre fratura na perna, e técnico lamenta: 'É um pesadelo'
Rival de Zanetti, Samir Ait Said estava próximo da classificação na final das argolas
A segunda rodada eliminatória do primeiro dia da ginástica artística na Olimpíada do Rio foi marcada por uma tragédia para a ginástica francesa. Ao se apresentar no salto sobre o cavalo, o ginasta Samir Ait Said, de 26 anos, errou na finalização e sofreu uma grave fratura na perna esquerda na aterrisagem do primeiro salto. A comissão técnica da França viu o episódio como uma catástrofe.

“É um pesadelo. Francamente é muito duro, ele certamente estaria na final. Estamos arrasados coletivamente”, lamentou o técnico da equipe masculina da França Denis Charlieux. “Ele está no hospital, imagino que deverá fazer cirurgia, saberemos nas próximas horas o diagnóstico”, completou.



O ginasta francês Samir Ait Said quebrou a perna durante competição qualificatória do torneio de ginástica artística na Olimpíada do Rio.

A equipe médica da arena que abriga a ginástica se mobilizou rapidamente para o atendimento. O francês, filho de argelinos, foi retirado do tablado, imobilizado e deixou a competição em uma maca. Ao sair, Said foi aplaudido pela torcida que acompanhava o evento.

Com a saída de Said, a França perde uma possibilidade de medalha na ginástica artística. Antes do acidente, o atleta já havia se apresentado nas argolas, onde conquistou 15.533 pontos na rodada eliminatória - pontuação que o colocou na terceira posição, atrás apenas do grego Petrounias Eleftherios (15.833) e do brasileiro Arthur Zanetti (15.533), que, apesar de ter tirado a mesma pontuação, teve uma nota de execução maior que a do francês. No Campeonato Mundial de Ginástica Artística do ano passado, Said havia ficado em quarto lugar na final do aparelho.

Na prova por equipes, a ausência do francês foi sentida. No fim da segunda rotação na rodada eliminatória, o país acabou apenas na oitava e última posição, com um pé fora da final por equipes, já que outras equipes fortes, como China, vice-campeã mundial, e Suíça, sexto lugar no mundial, ainda se apresentam na terceira rotação. “Infelizmente terminou para nós como equipe, mas isso não vai nos parar”, disse a chefe de equipe Cyrill Tommasone.

Apesar do abatimento, a francesa exaltou o poder de reação dos ginastas do país. “Nosso estado mental está muito mal, mas nós temos um objetivo e temos de seguir em frente. Nós reagimos bem depois do que aconteceu, fizemos o trabalho que deveríamos fazer”, elogiou.

Foto: Thomas Coex/AFP

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