Vigilante diz que matou presidente de associação em legítima defesa

O vigilante Manuel da Luz Conceição, 39 anos, que residi no conjunto panorama foi preso na manhã desta quarta-feira (30), por policiais do Serviço de Investigação da Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP), com apoio da Coordenadoria. Ele é acusado de matar a golpes de faca o presidente da Associação
Antidrogas e Segurança do Trânsito de Feira de Santana, Liberato José de Souza, de 66 anos.

Manoel foi preso em uma casa lotérica, localizada na Rua Desembargador Filinto Bastos, onde trabalhava como segurança. Ele não reagiu a prisão e confessou que praticou o crime na noite de terça-feira (23), no interior da casa, da vitima, localizada no Conjunto Feira IV.


Na delegacia, Manuel da Luz alegou legítima defesa, contando que a vitima teria mandado mensagem pelo WhatsApp difamando a sua pessoa. “Pois, eu estava no Whatsapp e ele mandou umas duas mensagens para um colega de trabalho dizendo que eu não estava de serviço no local devido e sim teria deixado o posto, levantando falso contra mim”.


“Na mensagem ele também, cita que eu além de ter deixado o posto de trabalho, eu teria colocado um “mala” (pessoa suspeita) no meu lugar. Mas, todos me conhecem sabe que não faria isso. então, depois disso eu fiquei chateado e fui até a casa dele, procura saber, porque ele tinha feito isso comigo”.


“Quando cheguei para conversar com ele numa boa, Liberato foi a um balcão, pegou uma faca deu no meu peito esquerdo pra mim matar, mas segurei a faca numa posição, que cortou minha mão. Entramos em luta corporal, ele acabou furando minhas pernas. Eu estava perdendo a resistência e ele tentando me matar, foi quando ele escorregou e eu dei nele, apaguei a luz, deixei o portão aberto e fui embora, achando que ele não estava morto, achei que o mesmo teria ido a ao hospital”, frisou.


Prisão Preventiva


O delegado Jean Souza, titular da DHPP, disse que o vigilante Manuel da Luz Conceição, tinha relação profissional com a vítima, que já tinha trabalhado como segurança para Liberato, tendo sido demitido há 15 dias. O delegado acredita que esse foi um dos fatos que motivou o crime, além de difamações que o autor alega que estava sofrendo.


Jean Souza afirmou também que, Manuel da Luz tinha sido ouvido na delegacia na condição de suspeito de praticar o homicídio, pois a polícia já tinha indícios de que ele poderia ser o autor. “Investigadores que realizaram o levantamento cadavérico no dia do crime, colhidos no local do crime impressões digitais, pegadas, vestígios e depois foram ouvidas testemunhas que confirmavam que a vítima vinha sendo ameaçada por Manuel e que a pessoa que entrou na casa tinha características parecidas com as do vigilante”, explicou o delegado.


“Após juntar as provas, entramos com um pedido de prisão preventiva que foi decretada pelo juiz Armando Duarte Mesquita Junior da 1ª Vara Crime, durante o plantão judiciário. Hoje (ontem) conseguimos cumprir o mandado de prisão e conduzir o acusado para delegacia, posteriormente para o Conjunto Penal de Feira de Santana”, finalizou Jean Souza.

Defesa

O advogado Firmino Ribeiro, informou que vai solicitar o relaxamento da prisão preventiva. “Como ele é primário, tem bons antecedentes criminais, vamos trabalhar isso. Ele é um homem trabalhador, um pai de família, pois, acreditamos que a justiça vai revogar essa prisão preventiva. Ele assumiu a autoria do crime”, indagou Firmino.


O Crime


Na tarde da última quinta-feira (24), o presidente da Associação Antidrogas e Segurança do Trânsito, Liberato José Souza,66 anos, foi encontrado morto vitima de vários golpes de faca, na residência onde morava na Rua A, caminho 1, conjunto Feira IV, em Feira de Santana.



Segundo informações da polícia, a vítima residia sozinha no primeiro andar, e no térreo funcionava a associação. Vizinhos notaram o carro da vítima na garagem com a porta aberta e manchas de sangue na varanda e resolveram chamar a polícia.


Ainda de acordo com a polícia, Liberato foi encontrado com várias perfurações e a faca estava cravada no pescoço. O subtenente Edson, da 64º Companhia Independente (CIPM), informou que a residência estava revirada e foram encontradas manchas de sangue na escada. A vítima foi encontrada morta no térreo.

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