José Carlos Bumlai, chegou à tarde à Curitiba e logo foi levado à sede da Polícia Federal, onde deve ficar preso por tempo indeterminado.
Bumlai foi detido de manhã em um hotel em Brasília. Dois filhos, que estavam com ele, foram levados para depor.
O foco do pedido de prisão do juiz Sérgio Moro foi o empréstimo de R$ 12 milhões que o pecuarista tomou no banco Schahin. Para os investigadores, o dinheiro seria usado para pagar uma dívida de campanha do ex-presidente Lula. A denúncia foi feita por Salin Schahin, um dos acionistas do grupo.
Em delação premiada, Schahin afirmou que Bumlai disse que tomaria o empréstimo em nome do PT que o então tesoureiro do partido, Delúbio Soares, participou das negociações. E que, dias depois, ele recebeu um telefonema de José Dirceu, que na época era ministro da Casa Civil.
"Houve um telefonema de José Dirceu ao então presidente do banco, Salin Schain, para mostrar, para mostrar-se como o responsável por esse empréstimo", diz Carlos Fernando Lima, procurador do Ministério Público Federal.
O empréstimo foi aprovado, mas nunca foi pago. Schahin contou que a dívida foi perdoada em troca de um acordo com o então tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, para que o grupo Schahin, que também tem uma empreiteira, ganhasse uma licitação da Petrobras para operar o navio sonda Vitória 10 mil. O contrato no valor de R$ 1,6 bilhão foi assinado em 2009.
As investigações apontam que um contrato falso de venda de embriões de gado foi usado para simular o pagamento do empréstimo. Parte dessas informações já tinha sido denunciada nas delações do ex-gerente da Petrobras Eduardo Musa e do lobista Fernando Baiano.
O juiz Sérgio Moro afirmou que José Carlos Bumlai teria se servido, por mais de uma vez e de maneira indevida, do nome e autoridade de Lula para obter benefícios e ressaltou que não há nenhuma prova de que o ex-presidente da República estivesse de fato envolvido no esquema.
A Polícia Federal também quer investigar os empréstimos do BNDES de mais de R$ 500 milhões para pelo menos duas empresas da família de José Carlos Bumlai. O pecuarista estava em Brasília justamente para depor à CPI do BNDES. O depoimento dele pode ser reagendado para 1º de dezembro.
"Essa série de empréstimos gerou recursos ou gerou valores que foram transferidos a várias pessoas e a várias pessoas jurídicas e físicas em uma intrincada movimentação que ainda merece maior aprofundamento, bem maior aprofundamento para a verificação dos reais beneficiários finais", afirma Roberto de Oliveira Lima, auditor da Receita Federal.
A defesa do banco Schahin confirmou que o empréstimo de José Carlos Bumlai não foi pago e afirmou que o negócio com a Petrobras foi realizado de acordo com todas as exigências e que não houve sobrepreço.
A defesa de José Dirceu afirmou que ele nunca fez qualquer intermediação com a Schahin para empréstimos diretos ou indiretos ao PT ou para contratos com a Petrobras.
A defesa de João Vaccari disse que as delações não são verdadeiras e não representam provas.
A defesa de José Carlos Bumlai disse que vai aguardar mais detalhes da investigação antes de falar sobre as suspeitas.
O Instituto Lula e o Partido dos Trabalhadores não quiseram se manifestar.
O Jornal da Globo não conseguiu contato com a defesa de Delúbio Soares.
Feira TV com informações do G1
O foco do pedido de prisão do juiz Sérgio Moro foi o empréstimo de R$ 12 milhões que o pecuarista tomou no banco Schahin. Para os investigadores, o dinheiro seria usado para pagar uma dívida de campanha do ex-presidente Lula. A denúncia foi feita por Salin Schahin, um dos acionistas do grupo.
Em delação premiada, Schahin afirmou que Bumlai disse que tomaria o empréstimo em nome do PT que o então tesoureiro do partido, Delúbio Soares, participou das negociações. E que, dias depois, ele recebeu um telefonema de José Dirceu, que na época era ministro da Casa Civil.
"Houve um telefonema de José Dirceu ao então presidente do banco, Salin Schain, para mostrar, para mostrar-se como o responsável por esse empréstimo", diz Carlos Fernando Lima, procurador do Ministério Público Federal.
O empréstimo foi aprovado, mas nunca foi pago. Schahin contou que a dívida foi perdoada em troca de um acordo com o então tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, para que o grupo Schahin, que também tem uma empreiteira, ganhasse uma licitação da Petrobras para operar o navio sonda Vitória 10 mil. O contrato no valor de R$ 1,6 bilhão foi assinado em 2009.
As investigações apontam que um contrato falso de venda de embriões de gado foi usado para simular o pagamento do empréstimo. Parte dessas informações já tinha sido denunciada nas delações do ex-gerente da Petrobras Eduardo Musa e do lobista Fernando Baiano.
O juiz Sérgio Moro afirmou que José Carlos Bumlai teria se servido, por mais de uma vez e de maneira indevida, do nome e autoridade de Lula para obter benefícios e ressaltou que não há nenhuma prova de que o ex-presidente da República estivesse de fato envolvido no esquema.
A Polícia Federal também quer investigar os empréstimos do BNDES de mais de R$ 500 milhões para pelo menos duas empresas da família de José Carlos Bumlai. O pecuarista estava em Brasília justamente para depor à CPI do BNDES. O depoimento dele pode ser reagendado para 1º de dezembro.
"Essa série de empréstimos gerou recursos ou gerou valores que foram transferidos a várias pessoas e a várias pessoas jurídicas e físicas em uma intrincada movimentação que ainda merece maior aprofundamento, bem maior aprofundamento para a verificação dos reais beneficiários finais", afirma Roberto de Oliveira Lima, auditor da Receita Federal.
A defesa do banco Schahin confirmou que o empréstimo de José Carlos Bumlai não foi pago e afirmou que o negócio com a Petrobras foi realizado de acordo com todas as exigências e que não houve sobrepreço.
A defesa de José Dirceu afirmou que ele nunca fez qualquer intermediação com a Schahin para empréstimos diretos ou indiretos ao PT ou para contratos com a Petrobras.
A defesa de João Vaccari disse que as delações não são verdadeiras e não representam provas.
A defesa de José Carlos Bumlai disse que vai aguardar mais detalhes da investigação antes de falar sobre as suspeitas.
O Instituto Lula e o Partido dos Trabalhadores não quiseram se manifestar.
O Jornal da Globo não conseguiu contato com a defesa de Delúbio Soares.
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