O clima ficou tenso no canteiro de obras do BRT localizado na Avenida Maria Quitéria, no centro de Feira de Santana. Manifestantes que ocupavam o local foram retirados na madrugada desta segunda-feira (26), durante uma operação da Guarda Municipal.
Um grupo de acampados estava no local há 50 dias, período em que as obras ficaram paradas. Manifestantes e guardas municipais trocam acusações. Uma das lideranças do movimento contra o BRT, Luis Gabriel Lacerda, afirmou ao Jornal do Meio Dia (Princesa FM), que os guardas foram truculentos.
“Por volta das 4h30, entraram seguranças particulares contratados pela prefeitura em uma atitude truculenta. Foram nos imobilizando e apreendendo nossos pertences. Não se identificaram e não apresentaram nenhum mandado judicial”, disse Luis Gabriel. reportagem que a GM foi truculenta.
O chefe da Guarda Municipal, Ailton Guimarães, afirmou que a desocupação foi pacífica e que armas brancas foram encontradas nas barracas dos manifestantes – facas e facões. “Não houve problema nenhum. Foi tudo de forma pacífica. Fizemos uma abordagem normal e pedi que eles se retirassem do local”.
Para garantir a segurança do canteiro de obras, policiais militares estão nas imediações da Avenida Maria Quitéria, cruzamento com a Getúlio Vargas. Por volta das 10h de hoje, dois manifestantes foram levados para o Complexo Policial do bairro Sobradinho.
Foto: reprodução/cinegrafista amador
“Ele [um dos conduzidos à delegacia] veio até os policiais e começou a falar bobagem. Colocou o dedo ‘em riste’ no rosto dos policiais e falou palavras de baixo calão. Ele foi conduzido até à delegacia para o registro da ocorrência de desacato à autoridade”, relatou o capitão Dejomar, da PM. O segundo jovem detido, segundo o capitão, tentou impedir a ação da PM.
Liberação das verbas
Em entrevista ao Jornal do Meio Dia, o prefeito José Ronaldo de Carvalho informou que a Prefeitura conseguiu, com o Ministério das Cidades, a liberação as verbas para as obras. Os recursos, que totalizam quase R$ 100 milhões, estavam bloqueados pela Caixa Econômica.
Segundo o prefeito, o Município comprovou que não foram feitas mudanças no projeto apresentado ao Ministério antes das obras.
Ainda de acordo com o prefeito, o projeto previa a redução de algumas calçadas na Avenida Maria Quitéria. Alguns passeios passariam de 6 metros para 3 metros, permitindo uma nova via para veículos.
“O ministério pediu que não fizéssemos isso para priorizar o pedestre. Dissemos que acataríamos o pedido. Assim sendo, recebemos um comunicado da Caixa de que obras poderiam ser retomadas”.
Obras foram retomadas na manhã desta segunda (26)
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