Bahia goleia o Vitória da Conquista e é o campeão baiano de futebol em 2015

O Tricolor precisa vencer por 3 gols de diferença, para ficar com o título
Foto: Romildo de Jesus

Na primeira etapa foi um jogo de ataque contra defesa

O Bahia entrou na Arena Fonte Nova, na tarde deste domingo (3/5) em busca do 46º título nos seus 84 anos de fundação, o primeiro campeonato no novo mando de campo, e de quebrar um tabu de 14 anos, desde a última vez que foi bicampeão baiano, nos anos de 1988 e 1999, sendo que este, foi dividido com o Vitória.
Já o Vitória da Conquista, nos 110 anos de disputa, tentava o Campeonato Baiano da 1ª Divisão terá um campeão inédito. Além disso, o clube de Conquista mantinha uma “reação” do futebol do interior, que depois de muitos anos em jejum, desde 1968, com o Galícia, e 1969, com o Fluminense de Feira de Santana, vinha de uma hegemonia de títulos disputados exclusivamente pela dupla Ba-Vi, intercalando nos últimos 9 anos, as conquistas do Colo Colo, de Ilhéus, em 2006, e do Bahia de Feira, em 2011.

Como venceu por 3 a 0 no primeiro jogo das finais, o Conquista poderia até perder por 2 gols de diferença, já o Bahia tinha que vencer por 3.


O torcedor do Bahia acreditava no time...


...e o do Conquista queria o time no ataque - Fotos: Romildo de Jesus

O jogo

Foi o Vitória da Conquista que começou tomando a iniciativa, e logo aos 2 minutos André Beleza experimentou de fora da área, mas sem direção.

O Bahia respondeu aos 4, em descida de Kieza pela direita, ganhando escanteio, e aos 7, em cabeçada de Tite.

Aos poucos o Tricolor foi colocando os nervos no lugar e passando a ter mais controle da bola, descendo sempre pelo lado direito e ganhando seguidos tiros de canto.
Até que aos 10 minutos, num bate-rebate dentro da área Viáfara socou a bola para o meio da área e o zagueiro Robson pegou sozinho para acertar o canto direito do goleiro de Vitória da Conquista. Bahia 1 x 0 Conquista.
Era tudo o que a torcida Tricolor esperava, um gol logo no início do jogo.
Empurrado pelos torcedores, o Bahia foi pra cima. E logo aos 13 minutos Bruno Paulista acertou uma bomba de fora da área, fazendo Bahia 2 x 0 Conquista. Faltava só mais um, agora em quase 80 minutos.
A defesa do Bode, que havia tomado apenas 6 gols no campeonato, levou 2 em menos de 14 minutos.
O terceiro parecia apenas uma questão de tempo. Aos 17 minutos, Zé Roberto tocou para Kieza, na esquerda, o atacante passou por Viáfara, mas perdeu o ângulo. E aos 18, o mesmo Kieza recebeu do outro lado e chutou cruzado da ponta da pequena área, errando por pouco.
Abria-se uma avenida do lado esquerdo do Vitória da Conquista, o Bahia dominava o meio de campo, o ataque do time do interior era inoperante, o gol do título parecia cada vez mais próximo.
Veio aos 23 minutos, de novo com o Bahia fazendo uma festa pelo lado esquerdo do Bode, por onde Souza entrou e tocou no meio para Kieza. O atacante amaciou com calma e fez Bahia 3 x 0 Conquista.


Foi a torcida tricolor que fez a festa no primeiro tempo - Foto: Romildo de Jesus
Passou a ser um jogo de ataque contra a defesa e naquele momento cabia ao Vitória da Conquista evitar uma goleada ainda maior, porque o título parecia cada vez mais um sonho de uma tarde chuvosa de outono.
Nos 10 minutos seguintes o jogo caiu em velocidade, mais porque o Tricolor reduziu o ritmo do que por virtudes do Alviverde. Na verdade, nenhum dos setores do time do interior baiano funcionava direito.
Aos 38, de novo pela direita do ataque, Kieza deixou para Zé Roberto, que chutou cruzado, rasteiro. Viáfara fez boa defesa. E aos 43, em contra-ataque rápido Kieza tentou de novo pela esquerda, colocando para fora, com muito perigo.
No intervalo Kieza concordou em que o placar de 3 a 0 era "perigoso" (afinal, o Conquista precisava de apenas um gol).

2º tempo

O Vitória da Conquista tinha 45 minutos para fazer um gol e se fechar na defesa. Ao Bahia bastava esperar o passar do tempo sem dar chances ao adversário, tarefa facilitada por tudo o que fez na etapa inicial.
No início do segundo tempo o Conquista tentou ir pra cima, pressionar mais, embora sem muito perigo, com jogadas previsíveis, apostando apenas nas bolas levantadas.
Aos 15 minutos, Fausto fez bobagem, entregou para Zé Roberto, que forçou a passagem e desabou. O juiz marcou pênalti, cobrado por Souza. Bahia 4 x 0 Conquista
A foto foi feita antes do quarto gol, mas a torcedoria já previa - Foto: Romildo de Jesus
Esperar 2 gols do Vitória da Conquista em 25 minutos seria aguardar um milagre. O mais previsível seria mais gols do Bahia.
E veio, aos 27 minutos. Diego Araagão enfiou a mão na bola. Outro pênalti cobrado por Souza. Bahia 5 x 0 Conquista. Repetia-se, até ali, o placar de 4 de maio de 2008.
O sexto poderia ter saído aos 38 minutos, em ataque rápido do Bahia, que chegava fácil, mas William perdeu.
Mas aconteceu um minuto depois. Rômulo lançou Kieza, que passou pela defesa e tocou com o gol vazio: Bahia 6 x 0 Conquista.

Ficha do jogo

Bahia - Jean, Tony, Robson, Titi, Pittoni e Bruno Paulista; Souza, Tiago Real, Maxi Biancucchi (Rômulo) e Kieza (Mateus); Zé Roberto

Vitória da Conquista - Viáfara, Adriano Apodi, Fernando Belém, Sívlio, Fausto (Erivelton) e Mateus Leoni; Maicon, Diego Aragão, André Beleza (Cacá) e Carllinhos; Tatu

Cartões amarelos
Bahia - Bruno Paulista, Rômulo e Zé Roberto
Conquista - Tatu, Sílvio e Fausto

Cartão vermelho
Conquista - Diego Aragão

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