Confirmada morte encefálica de bebê espancada pela babá; família vai doar órgãos



Às 9h59 da manhã de sábado (5) os médicos do Hospital Estadual da Criança (HEC), confirmaram a morte encefálica da pequena Maria Luiza Pereira, de um ano, que estava em coma profundo.
A mãe da criança, Viviane Pereira, esteve no Departamento de Polícia Técnica (DPT) na tarde deste domingo (6), e disse ao Acorda Cidade que os médicos apresentaram os documentos do protocolo de morte encefálica e que os exames foram repetidos duas vezes. O resultado foi levado para Salvador e às 20h30 de sábado a morte de Maria Luiza foi oficializada.



“Minha filha era uma criança tão alegre. Agora espero justiça. Peço a prisão dela. Mesmo depois que ela confessou as barbaridades que fez com minha filha a justiça a liberou”, lamentou Viviane.
Ela decidiu doar os órgãos da filha e destacou, durante entrevista ao Acorda Cidade, o empenho dos médicos do hospital em salvar a criança.
“Os médicos fizeram de tudo para salvar a vida da minha filha, mas infelizmente não foi possível. Vou tirar uma criança da lista de espera por um transplante. Eu e meu marido liberamos a doação dos órgãos Ela está me dando a tristeza por ter ido embora, mas vai poder dar alegria para uma outra mãe. Minha filha vai ficar viva em algum lugar”, declarou emocionada.
Viviane também falou sobre um sonho que teve antes de saber da morte da filha. “Eu sonhei com uma chuva muito forte e ouvi alguma coisa dizendo doa meus órgãos e quando eu tive a notícia a médica perguntou se eu aceitaria fazer a doação e eu aceitei”, concluiu.



Agora a família aguarda resultado do DPT. No local estava o pequeno caixão de Maria Luiza. Ela foi levada desacordada e em estado gravíssimo para o HEC, no dia 29 de março deste ano. A babá Geane Oliveira se apresentou na manhã de terça-feira (1) no Complexo Policial Investigador Bandeira, acompanhada do advogado Bender Nascimento



De acordo com a delegada, Letícia Alaor, o depoimento durou mais de uma hora. A acusada não negou a prática de agressões físicas ao bebê, no entanto, não assumiu que teria espancado a vítima a ponto de gerar algum tipo de lesão na cabeça dela. “Ela admitiu prática de agressões físicas como beliscões e tapas. Porém, eu tenho que analisar de acordo com exames periciais de corpo e delito, que nesse caso é primordial, para se entender a dinâmica do fato”, informou a delegada.
O advogado afirmou que houve a queda de uma cama box do casal e, naquele momento, o bebê se encontrava aos cuidados do pai e da acusada, que, de acordo com ela, acumulava as funções de babá e doméstica na residência.
Em depoimento, o pai da criança, Antônio Cerqueira, alegou que colocou a criança para dormir na cama box do casal e a protegeu com travesseiros ao redor, mas que 15 minutos depois a menina apareceu na sala, onde ele assistia televisão, e percebeu que ela tinha caído, porém não apresentava lesão e nem havia chorado. Fonte: Acorda Cidade

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