Policial morto em Jauá havia encontrado bebê dentro de caixa de sapato há uma semana


O policial militar Antônio Lopes da Silva Junior, que foi encontrado morto na manhã desta sexta-feira (29/03/13) em Jauá, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, foi o mesmo que encontrou um bebê dentro de uma caixa de sapato no último dia 22. A informação foi confirmada pela Polícia Militar.
O carro dele, um Vectra Hatch preto, foi encontrado abandonado na noite da quinta-feira (28), em Vida Nova, no município de Lauro de Freitas. Ele estava estacionado nas proximidades da loja de brinquedos Acalanto.
O veículo do soldado tinha marcas de disparos de arma de fogo e vestígios de sangue no teto. Ainda de acordo com a PM, buscas estão sendo realizadas com a intenção de localizar e prender os autores do crime, cuja autoria e motivação ainda não foi divulgada pela polícia.
O policial, da Operação Gêmeos, resgatou a criança abandonada pela mãe em um ponto de ônibus no bairro do Lobato. Ele percebeu que o bebê ainda estava com cordão umbilical e parte da placenta e o socorreu até o hospital do Subúrbio.
O estado de saúde do recém-nascido é considerado delicado, segundo a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). O bebê continua internado na Maternidade Albert Sabin e não tem previsão de alta médica. Ele contraiu uma infecção e o quadro clínicio piorou na terça-feira (26).
Mãe é procurada
Investigadores da Delegacia de Repressão a Crimes contra a Criança e o Adolescente (Dercca) estão em busca da mãe do recém-nascido. A delegada Simone Malaquias acredita que a mãe do bebê pode ser uma aluna, funcionária ou ter alguma ligação com a escola Landulfo Alves. "As duas camisas de uniforme escolar são pistas importantes para se saber quem e o que levou ao abandono do recém-nascido", diz. A delegada está mantendo contato constante com o Juizado da Infância e do Adolescente.
Ela acredita ainda que o bebê esteve exposto a riscos até de morte por ser deixado sozinho no ponto. "Ele poderia ter desidratado ou ser atacado por algum animal", explica.
Para a delegada, o fato de não poder criar o filho não justificaria a ação de deixá-lo na rua. "O primeiro passo para evitar o abandono é procurar pelo Juizado da Criança e Adolescente ou o Conselho Tutelar para receber orientações". Ainda sem nome, o menino ganhou o apelido de Albertinho pelos funcionários da maternidade onde está internado.

                                                                            informações Jacuipe Noticias

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