Polícia apresenta acusados de roubar e assassinar taxista



Sob o clima tenso de uma manifestação protagonizada por alguns taxistas de Feira de Santana, investigadores da Delegacia de Homicídio (DH) apresentaram nesta quinta-feira (11) cinco acusados de participar do assassinato do taxista Antonio Jorge França Paim, 57, ocorrido na última sexta-feira (5).
Em protesto contra a morte do taxista, alguns companheiros de profissão fecharam um dos contornos da Avenida Maria Quitéria, o que causou lentidão no trânsito e muitos condutores avançaram o canteiro central da via, para livrar-se do congestionamento. Outros manifestantes cercaram a sede da delegacia e tentaram acompanhar o depoimento dos envolvidos. 
 
A delegada titular, Milena Calmon, disse que o grupo confessou o roubo da quantia de R$ 30 do profissional e o celular, em seguida, após ser imobilizado e colocado com vida no porta-malas do carro, o taxista foi morto com cinco tiros, o que se configura como latrocínio. “Na diligencia de hoje foram encontrados tanto o celular da vítima, quanto a arma utilizada no crime. Eles mataram como forma de ocultar o crime, por incentivo de um dos envolvidos”, disse.
 
Foram apresentados Roberto Oliveira dos Santos, 22, autor dos disparos, Denílson de Paula, 20, dono da arma, calibre 38, Luan Batista Santos, 20, Edna Santos de Oliveira, 19, mandante e uma adolescente de 17 anos. “Roberto também confessou ter matado uma pessoa no mês de agosto atrás de um stand de tiros”, revelou a delegada.
 
Segundo a delegada as duas mulheres serviram como “iscas” solicitando a corrida no centro da cidade, atraindo a vítima até um matagal, no bairro do Papagaio, onde aconteceu o assalto. “É um grupo organizado, que vai responder por formação de quadrilha e ocultação de arma de fogo”, apontou. Os maiores de idade serão recambiados para o Presídio Regional de Feira de Santana, enquanto a menor de 17 será transferida para a Delegacia para o Adolescente Infrator (DAI).
 
REAÇÃO DA CATEGORIA – O presidente do Sindicato dos Condutores Autônomos de Veículos Rodoviários de Feira de Santana (Sincaver), Eliomar Ferreira, espera que a justiça seja feita e lamentou os motivos banais que levaram ao crime. “Vivemos um momento diferente, pois estamos identificando as pessoas que tiraram a vida de um companheiro, de um pai de família de forma covarde”, disse. 
 
Para Ferreira, o taxista Antonio Jorge era um bom profissional. “Uma pessoa calada, não tinha problemas de convivência e era necessitada, pois o táxi em que trabalhava não era de propriedade dele”, lembrou o sindicalista.
 
                                                                                                    (Por Hamurabi Dias)

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